Fotos: Renata Rosa / Epagri

Produzir alimentos de forma sustentável e com tecnologia de ponta é o que move instituições de pesquisa como Epagri e Embrapa, que uniram suas expertises no projeto “Edição genômica de tilápias da linhagem Epagri SC”, apresentado na segunda, 19, na Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI) e na unidade avançada do Centro de Desenvolvimento de Aquicultura e Pesca (Epagri/Cedap). Na oportunidade, também foi apresentado o projeto de desenvolvimento de algicultura Kappaphycus alvarezzi, ambos financiados com recursos de emendas parlamentares. Algicultura é a produção racional de algas. 


O evento contou com as presenças do presidente da Epagri, Dirceu Leite; da diretora executiva da Embrapa, Selma Lúcia Lira Beltrão; da chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem; do diretor da Divisão Rural do Ministério da Agricultura (DDR-SC), Antônio de Castro; do secretário estadual de Agricultura, Carlos Chiodini; e do secretário de Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo; e de Marcelo Luchetta, presidente da Associação Catarinense de Aquicultura. 

O presidente da Epagri chamou a atenção da atuação da instituição na pesquisa aplicada e atendimento aos produtores através de 1615 funcionários por todo o Estado, entre eles, 150 pesquisadores. Só o projeto de melhoramento genético da tilápia envolve 18 profissionais, entre engenheiros-agrônomos, assistentes de pesquisa, extensionistas e pessoal de campo que dão suporte à formulação das mais avançadas tecnologias de produção.

Através dos recursos do projeto de edição genômica, já foram adquiridos equipamentos de laboratório como incubadoras automatizadas e estufas para a obtenção do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB), além de estruturar a área de expedição e quarentena, que assegura a sanidade do material produzido. A Epagri também forneceu matrizes para a Embrapa e auxiliou no protocolo de fertilização in vitro.

A próxima etapa é desenvolver produtos e insumos agroindustriais e sua utilização na produção de hortaliças, grãos e microbioma do solo. Outra tarefa é analisar o efeito do extrato de alga em pastagens e cultivo de soja do cerrado. E também a caracterização da carragena e pigmentos de maior valor agregado. A biomassa de alga também pode ser utilizada na alimentação de suínos, avicultura e cultivo de tilápia.

Os objetivos gerais do projeto são de otimizar os sistemas de produção com boas técnicas de manejo ambiental, diversificar a aplicação (indústria de cosméticos, fármacos, higiene e limpeza), fortalecer a cadeia produtiva, gerando renda para o produtor, dando alternativas inovadoras para promover a sucessão familiar e consequentemente, a melhora do ìndice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Para o meio ambiente, a produção de algas estimula a economia azul e o comércio de crédito de carbono, pois estudos apontam que as algas auxiliam na mitigação de gases de efeito estufa na agricultura e pecuária. 

Após as apresentações técnicas, os convidados conheceram as instalações e experimentos em melhoramento genético realizados no Cepit e o material enviado pela Embrapa Tocantins. Além da nova área que está sendo concluída com 20 viveiros de 500m2, numa área 3m acima do nível do mar para evitar alagamentos.