Fotos: Divulgação/PSFS
A preservação da fauna marítima da Baía da
Babitonga está recebendo atenção prioritária durante as obras de dragagem que
estão acontecendo no canal de acesso ao Porto de São Francisco do Sul.
Para garantir essa proteção, está sendo executado o Programa de Gestão Ambiental da Dragagem de Manutenção, composto por nove subprogramas. Entre eles, destacam-se o monitoramento da turbidez das águas, a supervisão ambiental das atividades de dragagem e o gerenciamento adequado de resíduos e efluentes gerados pela operação da draga.
No âmbito do Subprograma de Supervisão Ambiental,
um observador especializado acompanha as operações a bordo da draga belga
Galileo Galilei. O objetivo principal é garantir a proteção de espécies
ameaçadas de extinção, como a toninha, o mero e o boto-cinza, além de preservar
outras espécies marítimas e terrestres que habitam o estuário do Norte
catarinense.
Além disso, os trabalhadores da draga receberam
capacitação sobre práticas sustentáveis para minimizar os impactos ambientais
na região. Entre as orientações, se destacam acionar a bomba de dragagem apenas
quando a ‘cabeça’ da draga estiver em contato com o fundo do mar e navegar
apenas no percurso aprovado para o deslocamento da draga, além de
despejar o material dragado exclusivamente na área de despejo licenciada pelo
Ibama.
Para o presidente do Porto, Cleverton Vieira, essas
ações refletem o compromisso do terminal com a preservação ambiental e a
sustentabilidade das atividades portuárias na Baía da Babitonga.
“No cotidiano de suas operações, o terminal impõe um rigoroso cumprimento da legislação e das práticas ambientais, garantindo que o desenvolvimento econômico da região seja aliado à conservação do ecossistema local”.
A dragagem
A draga Galileu Galilei começou, no início de
novembro, a dragagem para restabelecer a profundidade mínima de 14 metros em
todo o canal de acesso ao Complexo Portuário da Babitonga.
A retirada dos sedimentos no fundo do mar está
sendo realizada ao longo de todo o canal de acesso (17 km do canal interno e 5
km do canal externo), na Baía da Babitonga.
No entorno do Porto de São Francisco do Sul, a
dragagem inclui a bacia de evolução, dársena e berços.
O valor da obra é de aproximadamente R$ 37 milhões,
custeados com recursos próprios da autoridade portuária, e a previsão é que o
trabalho demore em torno de 30 dias.
O volume de sedimentos a serem removidos, estimados em 1,2 milhão de metros cúbicos, serão colocados numa área em alto mar, determinada pelos órgãos ambientais, a 23 km do Porto de São Francisco do Sul.