Seis pessoas foram julgadas por participação em um sequestro e assassinato ligados à disputa entre facções em Joinville. O crime ocorreu entre os dias 29 e 30 de janeiro de 2024. Duas vítimas foram sequestradas e mantidas em cárcere privado. Uma delas foi libertada, e a outra acabou morta pelo grupo criminoso, que suspeitava que pertenciam a uma facção rival.
O julgamento ocorreu no dia 9 de outubro de 2025, no Tribunal do Júri da Comarca de Joinville. Cinco réus foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam 147 anos de prisão. A ré apontada como gerente de um ponto de venda de drogas foi absolvida.
O líder do grupo recebeu a maior pena: 57 anos, oito meses e 10 dias de prisão, além de multa, por homicídio qualificado, cárcere privado, roubo, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa. Os outros condenados receberam penas de 36 anos, 33 anos, 16 anos e 10 anos, conforme o grau de envolvimento. Nenhum deles poderá recorrer em liberdade.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), as investigações mostraram que o PGC tem forte atuação em Joinville e cidades próximas, com estrutura organizada e divisão de funções voltadas para crimes como homicídios, tráfico de drogas e roubos.
As vítimas foram mantidas em dois cativeiros no bairro Paranaguamirim. No local, sofreram ameaças e foram julgadas em um “tribunal do crime”. Uma delas foi libertada e obrigada a deixar o estado. A outra foi levada a uma área de mata na Avenida Kurt Meinert, onde foi executada a tiros.
O corpo foi encontrado no dia 20 de fevereiro de 2024, coberto por cal e enterrado na mata. Segundo o MPSC, o caso evidencia o alto grau de violência e organização da facção, que impõe medo à comunidade por meio de seus próprios métodos de julgamento e execução.