Foto: Rafael Nascimento/MS
O Brasil realizou 14,9 mil transplantes no primeiro semestre de 2025, um aumento de 21% em relação a 2022, mas ainda enfrenta 45% de recusas das famílias. Para mudar esse cenário, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (25/09) o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (PRODOT).
O objetivo é valorizar e capacitar equipes hospitalares que identificam doadores, conversam com familiares e acompanham o processo. Pela primeira vez, haverá incentivo financeiro conforme o desempenho. O investimento anual será de R$ 20 milhões, sendo R$ 13 milhões para novos procedimentos e R$ 7,4 milhões para o PRODOT.
Durante o evento, foi criada a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT), que organiza diretrizes do sistema, reforça transparência e amplia a distribuição de órgãos entre regiões do país. Entre as novidades, estão:
inclusão de transplantes de intestino delgado e multivisceral no SUS;
uso rotineiro da membrana amniótica em queimados;
reajuste da diária de reabilitação intestinal de R$ 120 para R$ 600;
prova cruzada virtual para maior agilidade;
novos critérios de prioridade para pacientes hipersensibilizados.
A campanha deste ano, “Doação de Órgãos. Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, reforça a importância de conversar com a família sobre o desejo de doar.
Mais de 80 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil. O país é o 3º em número de procedimentos no mundo e líder entre os realizados integralmente por sistema público.