A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulga o mais recente Informe Epidemiológico que compreende os dados até o dia 19 de maio de 2025. Segundo o levantamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), neste período foram notificados 80.034 casos de dengue, sendo que 25.155 são considerados casos prováveis. Em relação à situação entomológica, foram identificados 41.612 focos do mosquito Aedes aegypti em 257 municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 179 são considerados infestados pelo vetor.
Até o momento, foram confirmados nove óbitos por dengue. O último foi
confirmado no município de Itajaí, em um homem de 68 anos, no dia 3 de maio.
Cinco óbitos por dengue estão sendo investigados pelas Secretarias Municipais
de Saúde com apoio da SES. Já em relação a Chikungunya foram confirmados quatro
óbitos.
“Mesmo no outono, os casos
de dengue ainda podem ocorrer. Com a redução das temperaturas, que geralmente
desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, é necessário
prosseguir com as medidas preventivas, eliminando os locais com água parada”,
destaca João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
A classificação de casos
prováveis é um conceito que inclui todos os casos notificados, confirmados,
suspeitos e inconclusivos, exceto os descartados. Essa metodologia permite uma
análise mais precisa do cenário epidemiológico, corrigindo possíveis atrasos na
conclusão das notificações.
Casos
de chikungunya
O informe também mantém
confirmados quatro óbitos por chikungunya no estado. O documento também aponta
que ocorreram 2.012 notificações de chikungunya neste período, sendo que
dessas, 810 foram considerados casos prováveis e 610 casos foram confirmados.
Na comparação com o mesmo período do ano 2024, quando foram registrados 113
casos prováveis, observa-se um aumento de 616,8%.
Xanxerê concentra a maioria dos registros, com 492
casos confirmados. Em seguida, vêm Campo Erê (31), Itá (28), e Águas de Chapecó
(23).
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti e apresenta sintomas como febre alta, dores intensas nas
articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas
na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente
entre idosos e pessoas com comorbidades.
A colaboração da população é essencial para conter
a propagação das arboviroses em Santa Catarina.
Ações para eliminar os criadouros do
mosquito:
- Evite
que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como
pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não
acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos
baldios e pátios;
- Trate
adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a
completamente sem deixar poças de água;
- Manter
lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave
com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de
estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque
areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água
acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.