Foto: Eduardo Valente / GOVSC
O município de Chapecó abriga um dos maiores
complexos prisionais de Santa Catarina e que é referência em trabalho
prisional. Com 3.393 presos, os estabelecimentos penais ali instalados oferecem
vagas de trabalho para 1.065 internos, o que representa 31% da sua população
carcerária.
Com 37 termos de parceria laboral estabelecidos com
empresas privadas e órgãos públicos, o complexo recebe anualmente diversas
comitivas e visitas técnicas vindas de diversos estados brasileiros,
tornando-se uma referência nacional para a atividade laboral penitenciária.
Além das instituições conveniadas, existem ainda
oficinas de empreendimento próprio na área de marcenaria, artefatos de concreto
e confecção de telas e alambrados, por exemplo. Essas oficinas produzem e comercializam
os seus produtos, o que possibilita a contratação dos presos.
A remuneração é um salário mínimo. Desse valor, 25%
é restituído ao Estado para custear sua estadia (conforme previsto pela Lei de
Execução Penal), 50% pode ser destinado diretamente à sua família, e os outros
25% são depositados em uma poupança e só podem ser acessados após a soltura.
Somente em 2024, as unidades prisionais
catarinenses arrecadaram R$ 28 milhões com a mão de obra de detentos. Este
dinheiro é investido na manutenção e aparelhamento dos próprios
estabelecimentos penais onde são gerados, desonerando o Estado dessas despesas.
As políticas de ressocialização por meio do
trabalho possibilitam não apenas a reabilitação socioeconômica das pessoas
privadas de liberdade, mas oferecem a oportunidade de experiência e
qualificação profissional, através de mão de obra qualificada e inserida à
realidade econômica regional.
Números por
estabelecimento penal
Penitenciária
Agrícola de Chapecó: 1.430 recolhidos / 703 trabalhando
Penitenciária
Industrial de Chapecó: 1.030 recolhidos / 274 trabalhando
Presídio
Masculino de Chapecó: 595 recolhidos / 17 trabalhando
Presídio Feminino de Chapecó: 338 recolhidas / 71 trabalhando